sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

ESPANHA - Reinar Después de Morir




Quando D. Pedro se aproxima de Coimbra, ouve uma voz:

"¿Dónde vas el caballero,
dónde vas, triste de ti?,
que la tu querida esposa
muerta está que yo la vi.

Las señas que ella tenía
bien te las sabré decir:
su garganta es de alabastro

y sus manos de marfil ."




No teatro clássico espanhol existe a obra Reinar Después de Morir de Luis Vélez de Guevara que se baseia na vida de Inês de Castro. Nesta obra, D. Pedro apaixona-se por Inês depois da morte de D. Constança e recusa casar-se com D. Blanca por estar apaixonado por D. Inês.


Assistimos também à coroação de D. Inês depois de morta e à cerimónia do beija-mão.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

ESPANHA - Inés de Castro: La leyenda de la mujer que reinó después de muerta




Neste romance histórico, María Pilar Queralt del Hierro transporta-nos, como por magia, para o longínquo ano de 1622.

Encontramo-nos a assistir a uma conversa entre homens, dos quais se destacam os escritores Lope de Vega e Luis Vélez de Guevara, quando surge a figura de um fidalgo português que se mostra interessado em contar uma história a Luis Vélez de Guevara. Trata-se da história de Inês de Castro.


Quem seria o misterioso fidalgo português?

A explicação surge pela boca de Luis Vélez de Guevara: a alma penada de D. Afonso IV, condenado, depois da morte, pelo crime que cometeu - "matar uma donzela fraca e sem força" - procura a redenção. Para a conseguir, deve fazer com que a história de Inês de Castro se conheça.

Luis Vélez de Guevara, depois de ouvir a história dos amores de Pedro e Inês, escreveu a tragédia Reinar después de morir, enquanto Lope de Vega escreveu Inés de Castro.



terça-feira, 20 de janeiro de 2009

FRANÇA - La Reine Morte






Nesta tragédia em três actos, Henry de Montherlant mistura conflitos políticos com familiares. No argumento um rei doente – Ferrante - decide matar a mulher que casou secretamente com o filho. Nem ele compreende as razões que o levam a decidir a morte de Inês:

«Pourquoi est-ce que je la tue? Il y a sans doute une raison, mais je ne la distingue pas. (...) Pourquoi est-ce que je la tue? Acte inutile acte funeste».

No final, o rei morre à frente do cadáver da rainha morta “La reine morte”.


Neste livro, Inês tem apenas um sentimento no coração: o amor. Ela nasceu para amar e não sabe fazer outra coisa:

«Aimer, je ne sais rien faire d‘autre»








Se Inês casou com D. Pedro, não foi com o intuito de ser rainha, mas apenas porque o amava.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

INGLATERRA - Too Late, Inez is dead






Neste livro, Amelia Cook apresenta-nos a sua interpretação da lenda.
Assistimos ao nascer da paixão entre D. Inês e D. Pedro que ficou fascinado com a beleza loira dos cabelos da dama de companhia da sua noiva.
Segundo esta autora, Inês foi exilada em Coimbra, por ordem do rei D. Afonso IV, ainda em vida de D. Constança, mas Pedro ia visitá-la ao convento e os encontros amorosos davam-se nos bosques.
Depois da morte de D. Constança, D. Pedro pediu várias vezes autorização ao pai para casar com D. Inês, mas não foi autorizado por razões políticas.
Após a morte de D. Inês e de D. Afonso IV, assistimos a um diálogo entre um conselheiro e D. Pedro, e é deste diálogo que surge o título do livro:

"Inez," said the Royal adviser, "would have had to have the Papal's authority and a Coronation Ceremony in the Church to have been recognized as Queen."


"In that case," Dom Pedro answered, "I order it to be done."


"But . . . your Majesty. It . . . is too late . . . Inez is dead!" he exclaimed.


"Dead or alive . . . she is my Queen, and you will see to it that it is official." Dom Pedro commanded.


Inês é desenterrada do cemitério de Santa Clara, em Coimbra, é vestida com roupas de rainha e é levada em procissão até Alcobaça onde a cerimónia da coroação se realiza.
















terça-feira, 13 de janeiro de 2009

INGLATERRA - Inez, the bride of Portugal

No dia 14 de Novembro de 1887, representou-se, segundo os arquivos do The New York Times, a tragédia Inez, the bride of Portugal, de Neil Ross.

Um certo rei de Portugal tem um filho chamado Pedro e, aconselhado por Gonzales, conselheiro do rei, quer casar o príncipe com uma princesa de Castela.

Pedro – (…) shall not force me,
Trough its fierce flames wither the ground
On Which I stand!

King – These words to me!
Am I to think you mad!

Gonçalez, que quer ser rei, embora mantenha esse desejo em segredo, segue Pedro e vê quando este se encontra com Inez.

“Never before have I looked upon beauty!” exclama Gonçalez perante a beleza de Inez.

Depois de a prender, oferece-lhe a sua vida, o seu amor e o trono. Ela recusa.
Pelo facto de Inez ter ficado a conhecer a ambição de Gonçalez, ele decide fazê-la beber vinho envenenado (…).